A questão social surge com as transformações políticas, econômicas e sociais na Europa do Século XIX, quando começava o período de industrialização, denominado de revolução industrial. O termo surge para designar um fenômeno chamado de primeira onda industrializante da Europa Ocidental, o Pauperismo. Diante do ponto de vista histórico, apresenta uma conjuntura de crise decorrente da transição do capitalismo para o monopolista, resultando a redução de meios de trabalho, o aviltamento dos salários e a expansão da miséria entre as classes trabalhadoras e desprotegidas da época.
O pauperismo expressava uma produção de pobreza nova, pois a miséria e as desigualdades acompanham a sociedades de os medievais. A questão social expressa uma disfunção do desenvolvimento da consciência crítica, pelos oprimidos e explorados.
“Segundo Imamoto (1999, p. 27), a Questão Social pode ser definida como: o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que têm uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos se mantém privada, monopolizada por uma parte da sociedade.“
Passando por várias fases, a questão social citada mostra o conflito entre capital e trabalho, e exigia a formulação de políticas sociais em benefício da classe operária, levando o capitalismo em fase de amadurecimento. Hoje, a nova questão social refere-se à ampliação do trabalho na sociedade capitalista madura, trazendo consigo a degradação do trabalho, a perda e o desaparecimento de muitas categorias e postos de trabalho. Quando o estado passa a se retirar do campo social com cortes, privatizações, dentre outros.
“A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção, mais além da caridade e repressão.”
È objeto de intervenção do serviço social.